sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Inked in Blood - Europe Tour 2015: Obituary, Mpire of Evil, Dust Bold e Posthum

[um MONTE de imagens no final do post]

Dia 15 de janeiro começou a "Inked In Blood Tour 2015" na europa, com as bandas Mpire of Evil, Dust Bolt, Posthum, Rotting Repugnancy e como headliner o Obituary.


A primeira cidade a receber os show foi Essen, que fica cerca de 100km de onde estamos morando. Com a facilidade e eficiência dos trens, decidimos ir. O ingresso era 23€, e foi comprado pela internet. Só precisamos imprimir o comprovante, muito fácil. Nada de ficar esperando ser entregue pelo correio.

Levamos umas duas horas pra chegar lá, com todas as paradas. Vale dizer que passamos por Düsseldorf, e a cidade é gigante! Acho que tinha umas 10 estações pra atravessar a cidade (fiquei sabendo depois que é a capital do estado).

Com tudo planejado via google maps, levaríamos uns 15 minutos caminhando da estação central até o local do show. O que não havíamos planejado era a chuva que estava caindo. E que CHUVA! Completamente das chuvas que temos aqui em Bonn.

Na frente da estação haviam vários taxis. A primeira coisa que pensamos foi que, ao verem que a gente era "turista", iam acabar cobrando os olhos da cara ou ficar dando volta pra contar mais no taxímetro. Perguntei pra taxista quanto daria e ela respondeu que ficaria em torno de 7€. Com aquela chuvarada toda, não tinha o que reclamar, fomos de taxi. E a motorista bem simpática, por sinal, foi conversando durante o caminho, e chegando lá deu realmente o preço que ela tinha dito.


Na portaria, só apresentamos os comprovantes impressos e entramos. Nenhum problema. O lugar era legal, com um bom espaço, mas sem ser grande demais, nem pequeno. Além disso, tinha um segundo andar com um mezanino pra assistir o show de cima, além de mesas e os banheiros.

A primeira banda já estava tocando. Era a Posthum. Eu não conhecia a banda, mas gostei. Os caras fazem um black metal sem frescuras, numa linha mais antiga. Como pegamos o show já em andamento, não deu pra ver muito. Umas 4 músicas eu acho.



Fiz um videozinho mostrando um trecho do show dos caras. Nessa hora (umas 19:30) o lugar ainda não estava cheio de gente, então foi muito fácil chegar perto do palco. E aí eu já me surpreendi, porque não tinha nenhum tipo de separação entre o palco e o público. Muito massa isso.



A próxima banda a subir ao palco foi a Dust Bolt. Também não conhecia essa. O som dos caras é um thrash com uma pegada "old school" (vai ser recorrente esse termo daqui em diante). Músicas rápidas com riffs 'nervosos'. O palco foi enfeitado com uns banners com a arte que eu imaginei ser da capa do álbum, e que depois confirmei que realmente era. Os caras tinham até o estilo de se vestir querendo parecer como se tivessem saído da Flórida dos anos 80. Bermudão florido, shortinho do Pelé, tipo o Obituary no início (seria isso uma homenagem? hehe) e "saracoteando" de um lado pra outro no palco. Um pouco demais até, talvez. O baixista parecia dançarino de frevo enlouquecido.

Mas a banda era boa, e pelo jeito, bem conhecida por aqui. O público se empolgou, até mesmo cantando algumas músicas junto da banda. Não curti tanto o vocal (mas depois vi que em gravação é bem melhor que ao vivo). Uma coisa é inegável, os caras tem muita energia no palco.



E também um trecho do show:



Na sequência, foi a vez dos veteranos da Mpire of Evil. Essa eu conhecia de nome, mas nunca tinha ouvido nada. A banda é conhecida por contar com ex-membros do Venom. Mantas foi guitarrista original, e o "Demolition Man" (sem comentários) também tocou por um tempo. Se não me engano, o baterista de estúdio também foi, ou algo assim. Mas o batera atual (o que tá fazendo a turnê, não sei se é fixo da banda mesmo) até onde eu sei, não.



Os caras já são uns coroas, e mostram toda essa bagagem no som. Não é tão fácil de rotular o que ouvi, mas é bom. E o baterista tocava muito! Uma coisa a respeito da qual eu não falei ainda é a qualidade do som nos shows. Tava tudo muito bom! Tudo bem regulado, com o volume bem alto, mas com o som bem limpo.

E nesse show em especial, os bumbos estavam destruidores! Pena que nos vídeos não tem como perceber, mas onde a gente estava, bem na frente do palco, quando tinha bumbo duplo rápido parecia que tinha um terremoto! Aquele tipo de bumbo que o cara sente uma porrada no peito, e nesse caso, sentia o chão tremendo também! Muito bom!



Lá pelas tantas, depois de terminar uma música, o guitarrista vai no microfone e diz mais ou menos isso: "Há uns 30 anos atrás, eu escrevi uma música que dizem ter mudado a história do metal. Black Metal!". Clica no play aí embaixo e confere!



E no encerramento do show, ainda tocaram Witching Hour, com direito ao vocalista cuspindo sangue e o Mantas fazendo carinha pra minha câmera.



Baita show! O melhor entre as bandas de abertura. Logo em seguida, o pessoal começou a desmontar os equipamentos e bateria pra dar espaço pro equipamento da banda principal. Nessa hora começou a encher de gente na frente do palco, então firmamos o pé pra garantir o bom lugar.

Com tudo ajustado, o Obituary subiu ao palco e fez o público agitar MUITO com o seu death metal old school de qualidade. Sonzeira diretaça, sem frescuras, e muito bem executada. Sem ficar de papo furado com o público, foram tocando o repertório.



Pra quem acha que o público brasileiro agita muito, só indo em um show por aqui pra ver a diferença. E QUE diferença. Durante todo o show do Obituary, o público não parou nunca! Inclusive passando por cima da galera, subindo no palco e fazendo stage diving.

Isso foi massa, ver que a banda não tinha muita frescura. Como eu já falei, não havia separação nenhuma entre o palco e o público, e muitos caras subiram no palco pra se jogar. Ninguém chegou a atrapalhar em nada, e quando demoravam muito, batendo cabeça ou esperando alguém pra segurar, vinha um segurança e mandava o cara pra fora do palco, mas bem tranquilo.



Nesse vídeo abaixo dá pra ter ideia de como a tava sendo o agito. Numa das centésimas vezes que veio gente por cima da galera, chutando a nuca das duas gurias que tavam bem na beirada do palco hehehe. Esse careca barbudo deve ter subido no palco umas 20 vezes.



Chegando aos finalmentes... O evento foi muito bom! Bandas de alto nível e som de qualidade. Legal foi ver também o baterista do Obituary curtindo os shows das outras bandas bem na boa.

No fim, ainda passamos na banquinha de merchandising, com camisetas, casacos, bonés, CDs e LPs das bandas. Queria comprar aquela camiseta ali com uma pilha de crânios, mas só tinha com manga comprida.





Foto do público no show. Peguei da página oficial do Obituary no Facebook.

Saímos por volta da meia noite, fomos até a estação, e ainda tínhamos a viagem de volta. Pegamos um trem até Colônia, e lá tivemos que esperar quase duas horas por um trem até Bonn. Foi cansativo, porque já estávamos esgotados do show, e o sono batendo forte. Mas valeu a pena.

Galeria de fotos dos shows (créditos pra Priscilla em várias das fotos).